


Farmacologia
Farmacocinética [3][8][9]
I- Desaminação oxidativa, II- Hidroxilação aromática, III- Hidroxilação alifática, IV- Conjugação com a glicina
[3] Fitzgerald KT, Bronstein AC. Adderall®(amphetamine-dextroamphetamine) toxicity. Topics in companion animal medicine. 2013 Feb 28;28(1):2-7.
[8] Carvalho M, Carmo H, Costa VM, Capela JP, Pontes H, Remião F, Carvalho F, de Lourdes Bastos M. Toxicity of amphetamines: an update. Archives of toxicology. 2012 Aug 1;86(8):1167-231.
[9] Spiller HA, Hays HL, Aleguas A. Overdose of drugs for attention-deficit hyperactivity disorder: clinical presentation, mechanisms of toxicity, and management. CNS drugs. 2013 Jul 1;27(7):531-43.
Mecanismo de ação [8]

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As anfetaminas têm diferentes afinidades para os diferentes transportadores das monoaminas, da noradrenalina e da dopamina. Esta interação é um passo essencial para as anfetaminas exercerem a sua ação. As anfetaminas entram para o interior do neurónio pré-sináptico através da membrana, sendo reconhecida pelo transportador da dopamina (DAT) e pelo transportador da noradrenalina (NET).
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Uma vez no interior do neurónio, as anfetaminas são substratos do transportador vesicular das monoaminas (VMAT) e, podem entrar no interior destas vesículas levando a uma quebra do armazenamento de neurotransmissores por atividade reversa do transportador. Também pode levar a uma alteração do gradiente de pH, o que leva a uma maior libertação de neurotransmissores no citosol.
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As anfetaminas também são conhecidas por inibirem o metabolismo das catecolaminas, como a MAO (monoaminoxidase) mitocondrial.
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As anfetaminas têm também a capacidade de regular a atividade do transportador da monoaminas através da regulação do estado de fosforilação deste.
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Absorção: são lípidos muito solúveis rapidamente absorvidos nas membranas biológicas, entre as quais a barreira hemato-encefálica (BHE). A BD oral para a forma dextrógira é de cerca de 75%. Não está descrito nenhuma interação significativa da absorção com os alimentos. O pico de concentração plasmática ocorre após 2-3 horas.
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Distribuição: ligação relativamente baixa a proteínas plasmáticas (cerca de 20%) o que contribui para a sua difusão para órgãos alvo. O volume de distribuição varia entre 3 a 5 L por kg.
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Metabolismo: metabolismo hepático maioritariamente pela isoenzima CYP2D6, e em menor quantidade pela CYP2C. A presença do grupo α-metil permite que a molécula de anfetamina não seja oxidada ao nível do grupo amina pela MAO.

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Excreção: O tempo de semi-vida das anfetaminas e análogos das mesmas é dependente do pH da urina e varia entre 4 e 34 horas. Quanto mais ácidica for a urina, mais curto é o tempo de semi vida devido à baixa reabsorção oral causada pela ionização da anfetamina. As formas não metabolizadas (30%) e as metabolizadas (70%) são excretadas na urina, sendo que muitos dos compostos metabolizados são farmacologicamente activos.